Como preparar minhas importações e exportações após a pandemia do Covid-19?

PREPARAÇÃO DE IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES PÓS COVID-19

Introdução

O surgimento e a rápida disseminação do Covid-19, o Coronavírus, pelo mundo movimentos todas as áreas, como a política, a social e a econômica. Atualmente, a maioria das pessoas está em isolamento, com o objetivo de diminuir o contágio pelo vírus.

O Comércio Exterior não escapou de sofrer consequências relacionadas ao Covid-19, já que diversas das atividades foram suspensas ou sofreram atrasos, devido ao fechamento das fronteiras e de algumas empresas.

Devido a isso, é preciso preparo para o momento em que a difusão do Coronavírus começar a diminuir e as rotinas irem se normalizando. Qual a melhor forma de fazer a preparação de importações e exportações pós Covid-19?

A Tradeways ACE preparou um texto de blog para te auxiliar nessa situação.

 

Planejamento

A palavra-chave para que tudo se inicie de maneira mais harmoniosa é planejamento. É extremamente importante que todas as empresas já estejam pensando na organização do Comércio Exterior desde já, pois, assim que o consumo for retomado, é preciso que os produtos estejam preparados para venda.

O Covid-19 é uma das primeiras ocorrências mundiais, se não o primeiro, que conseguiu impactar tantas áreas da sociedade. Com isso, é possível prever que diversos hábitos, antes altamente utilizados pelos seres humanos, sofrerão mudanças, dentre eles, o consumo.

A grande diferença, por exemplo, entre o Coronavírus e a Gripe Espanhola, que assolou o planeta em 1918 e é considerada a mãe das pandemias, é que, hoje em dia, há uma taxa de troca de informações estrondosa. Nunca houve tanta propagação de notícias de forma tão rápida quanto agora.

As pessoas estão cada vez mais informadas e, consequentemente, mais ávidas por informações completas e verdadeiras. Portanto, um dos principais pilares do planejamento pós Covid-19 terá de ser a transparência quanto às informações. É importante que a sua empresa esteja preparada para distribuir as informações que seu público-alvo procura. A especificações do produto e do próprio Comércio Exterior precisarão estar em seu melhor momento, cerceadas por dados e constatações.

Além disso, o meio ambiente é um tópico bastante comentado e protegido, pois, durante o isolamento social, foi possível observar mudanças de alto nível no modo como cuidamos e enxergamos o ambiente ao redor. Os céus estão mais limpos e os índices de poluição caíram. Não será mais tolerada a existência de empresas que ignorem as necessidades do meio ambiente. É importante que parte do planejamento esteja conectado a isso, já que negócios que trabalhem lado a lado ao auxílio da natureza serão mais valorizados.

Os canais on-line serão cada vez mais utilizados, já que, ao longo da pandemia, foi possível a utilização desses meios como forma de continuar com o consumo. A previsão é de que os serviços passem a ser informatizados, inclusive as burocracias relacionadas ao Comércio Exterior. Temos como exemplo a mudança de algumas aduanas, que começaram a aceitar a entrega de documentos digitalizados, como forma de contenção do vírus, mas, também, de agilização de processos. É preciso que sua empresa mergulhe mais fundo no universo da Internet para alcançar mais oportunidades.

Algumas outras dicas para o planejamento pós pandemia, podem relacionar-se à criação de uma equipe específica para decisões de emergência, já que elas serão presentes no início, no momento em que todos estarão tentando encontrar formas de retornar à rotina anterior. As divisões de trabalho também serão impactadas.

É importante, também, que as empresas estejam criando planejamentos para retomar os laços de relacionamento com os clientes, que podem ter sido atingidos devido ao caos em meio à pandemia.

Se todo o planejamento for bem pensado e estudado, a produtividade dos funcionários e das transações comerciais atingirá as expectativas.

 

Os impactos do Coronavírus na Economia e no Comércio Exterior

Com relação às bolsas de valores de diversos países, quedas bruscas acabaram por ocorrer devido ao surgimento e à disseminação do vírus pelo mundo. Por exemplo, a Bolsa de Xangai teve queda, sendo que os setores que mais sofreram foram os de bens de consumo e de manufaturas. No Brasil, não foi diferente. A Bolsa de Valores apresentou diversas quedas ao longo dos meses, chegando a apelar para o circuit breaker, um mecanismo que tem como objetivo suspender as atividades em momentos de grande instabilidade.

Obviamente, essa instabilidade atinge os setores econômicos como um todo, já que vivemos em um mundo globalizado. Consequentemente, quando a economia é afetada, os mercados internacionais também são.

O Comércio Exterior também já está sendo afetado no país e no mundo. Por exemplo, nos portos brasileiros já é possível enxergar a diminuição e, em alguns casos, até a falta de contêineres para a realização de exportações.

Quanto às importações, atualmente, já são palpáveis as mudanças. Entregas atrasadas ou adiadas por tempo indeterminado e falta de documentações.

Algumas empresas estão precisando desacelerar a produção, por conta da falta de materiais e peças utilizadas na área de montagem. O que vai de encontro com o planejamento, já que, quando o consumo retornar, é preciso estar preparado e com os produtos a postos.

Como forma de auxiliar na situação, o Banco Central do Brasil, no dia 16 de abril, tomou a decisão de ampliar os prazos de contratos de câmbios relativos ao Comércio Exterior, como forma de auxiliar o exportador na organização de embarques de mercadorias e na prestação de serviços. Com essa nova regularização, as empresas exportadoras passam a ter 1.500 dias entre a data de contratação e a liquidação da operação, o dobro dos 750 dias estipulados anteriormente.

De fato, a situação do Comércio Exterior necessita atenção, mas os órgãos públicos relacionados ao setor estão cuidando para que as melhores saídas sejam encontradas.

 

Mudanças na importação devido ao Coronavírus

O Governo Federal está tomando diversas decisões como forma de combate à pandemia e aos riscos que ela pode causar no Comércio Exterior, já que esse setor é de extrema importância para o crescimento econômico de um país.

O site do Sebrae organizou uma lista com todas as mudanças adotadas pelo Governo com relação ao Comércio Exterior, para auxiliar na retomada das transações comerciais. Dentre elas:

 

  • Portaria Inmetro nº 79/2020: estabelece condições aos Organismos de Certificação de Produtos (OCP) para a avaliação da conformidade em plantas fabris existentes nos países mais afetados pelo Covid-19;
  • Resolução Camex nº 17/2020: simplificação das atividades de licenciamento, controle e fiscalização de importações para produtos de uso médico-hospitalar;
  • Resolução Camex nº 17/2020: redução a 0% nas tarifas de importações de produtos de uso médico-hospitalar;
  • Instrução Normativa RFB nº 1.927/2020: simplificação do despacho aduaneiro de produtos de uso médico-hospitalar destinados ao combate do Coronavírus;
  • Portaria Secex nº 18/2020: suspensão temporária do licenciamento não automático de importações para produtos relacionados ao setor da saúde sob direito antidumping;
  • Decreto nº 10.285/2020: redução da alíquota do IPI a 0% sobre os 15 produtos mais necessários ao combate da pandemia;
  • Resolução RDC Anvisa nº 356/2020: a Autorização de Funcionamento da Empresa, a notificação à Anvisa e demais autorizações sanitárias foram dispensadas temporariamente;
  • Pesquisa Apex-Brasil: o órgão está realizando pesquisas para analisar os negócios internacionais relacionados ao Brasil;
  • Portaria nº 120/2020/Portaria nº 125/2020: fechamentos das fronteiras com Venezuela, Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Suriname (por 15 dias, exceto Venezuela);
  • Portaria nº 126/2020: restrição por 30 dias na entrada, através das vias aéreas, de estrangeiros de países como China, Japão, União Europeia, Malásia, Coreia, Islândia, Noruega, Suíça, Reino Unido e Austrália;
  • Circular Bacen nº 3.992/2020: estabelecimento de transferência de margem sempre que a exposição de qualquer das partes for igual ou superior a US$ 500 mil;
  • Portaria Inmetro nº 102/2020: suspensão, por 12 meses, da compulsoriedade de certificação de suprimentos médico-hospitalares e de equipamentos de proteção individual (EPI);
  • Resolução RDC Anvisa nº 352/2020: exigência de autorização prévia para a exportação da hidroxicloroquina e de produtos sujeitos à vigilância sanitária.

 

 Previsões para o Comércio Exterior

As economias do mundo estão bastante desaquecidas devido à pandemia do Coronavírus, além da restrição de transportes entre os países.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) fez um estudo para tentar prever como funcionará o Comércio Exterior após a pandemia e, também, da queda sofrida pelo comércio global.

De acordo com os pesquisadores, mesmo sendo difícil prever o futuro da economia mundial, algumas atitudes têm a tendência de representar as maiores mudanças, tanto positivas quanto negativas, como: 

  • Políticas Econômicas: é esperado que as medidas que estão sendo tomadas  pelos governos tragam maior efetividade para a economia;
  • A economia também pode ser auxiliada no momento em que a ciência encontrar uma forma eficaz de combater o novo Coronavírus. Quanto mais cedo isso ocorrer, mais tranquila será a recuperação econômica;
  • A dúvida quanto à longevidade da pandemia afeta negativamente a economia e seu futuro;
  • As cadeias de fornecedores estão sofrendo rupturas já que, devido à dificuldade do transporte, as empresas estão procurando parceiros que estejam mais próximos geograficamente;
  • A pandemia pode desencadear desequilíbrios econômicos graves, podendo resultar em uma crise financeira;
  • Pode ocorrer a fuga de capitais, ou seja, empresas estrangeiras que investiram em países em desenvolvimento, podem retirar seus capitais devido à instabilidade financeira e política;

Ainda de acordo com o estudo, foi analisado pelos pesquisadores do IPEA, que, mesmo que não haja uma queda brusca no PIB dos países, o comércio internacional ainda pode cair, já que momentos de crise apresentam a tendência de serem mais duros para indústrias, cuja participação no Comércio Exterior é bastante aparente.

Essa desestabilização no comércio internacional influenciará, também, o comércio no Brasil, já que o nosso país é um grande exportador e negociador de commodities (por exemplo, produtos ligados à agricultura e à extração), tendo como principais produtos a soja, o petróleo e o minério de ferro.  

 

Conclusão

É impossível analisar com certeza o futuro da economia e, mais especificamente, do Comércio Exterior, mas as empresas podem investir em planejamentos personalizados e bem pensados para tentar estar o mais preparadas possível para o momento em que o consumo for retomado.

Conte com nossa assessoria para ter o melhor  diagnóstico em tornar  exequível seu projeto de operação de Comércio Exterior com viabilidade econômica e operacional.

A Tradeways ACE desde 1994 possui experiência e expertise pautada na política de qualidade (SGQ) consolidada com a certificação da Norma ISO 9001 e conta com  profissionais capacitados, treinados e experientes na área. A Tradeways ACE disponibiliza serviços completos a logística, desembaraço e transporte e trabalha em conjunto com a Trading Company “KGMG Comercial Importadora e Exportadora’’ (desde 2016) para todas as importações indiretas via trading, por conta e ordem de terceiros e por encomenda.

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