Entenda a exportação aérea e suas principais características

Entenda a exportação aérea e suas principais características

O transporte de cargas urgentes tem encontrado no modal aéreo uma opção bastante eficaz — especialmente por ser rápido e por envolver um grande número de países. A exportação aérea é feita por companhias associadas ou não à Associação Internacional de Transporte Aéreo (International Air Transport Association – IATA), bem como por serviços fretados.

O embarque normalmente não é negociado diretamente com o transportador, a menos que sejam quantidades grandes. Para contratá-lo, é comum que os exportadores recorram a agentes de carga aérea, que são bem informados sobre voos, empresas, rotas e fretes, e podem negociar tarifas mais atrativas.

Pelas diretrizes da IATA, um determinado peso não pode superar um volume máximo: a unidade de volume equivale a 6 mil cm3/Kg. Os produtos a serem embarcados devem, então, ser pesados e medidos e, quando o limite é ultrapassado, o frete é calculado por volume.

Assim como em qualquer outro meio de transporte, são necessários cuidados para evitar que a carga seja danificada: ela deve estar bem embalada para que não haja o deslocamento durante a viagem. Quer saber mais sobre a exportação aérea? Leia o post a seguir!

O que é o modelo de exportação aérea?

O transporte aéreo é a opção de movimentação física de cargas em aeronaves. Apesar de seguir as normas da IATA, a filiação das empresas aéreas a ela não é obrigatória. Ainda assim, é a associação que estabelece tarifas máximas (fixadas anualmente), com base nas rotas e nos serviços prestados.

Esses preços, no entanto, podem ser reduzidos por acordos bilaterais entre governos e pela competição resultante de programas de desregulamentação. Quando se opta por ele, é necessário ter o Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill – AWB) — assinado tanto pelo agente como pelo exportador.

Os principais participantes desse modal são as empresas de transporte aéreo, os agentes de carga e as concessionárias — empresas de administração dos aeroportos e seus armazéns de carga no Brasil. Por sua velocidade, esse meio de transporte é o que melhor preserva a integridade e o frescor da mercadoria. Por isso, seu custo é mais elevado do que outros modais de transportes, como marítimo e rodoviário.

Depois que chega ao aeroporto, a carga é inspecionada física e documentalmente pelas concessionárias. Quando se tratam de materiais especiais, são vistoriados por órgãos anuentes, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros.

Em seguida, após a confirmação da presença de carga, é emitido o documento de arrecadação de exportação (DAE). E então a Declaração de Exportação é enviada para despacho no sistema da Receita Federal do Brasil (RFB), que automaticamente à direciona aos canais de parametrização: verde, amarelo ou vermelho. Quando liberada, a carga é acondicionada aos paletes das companhias aéreas e embarcada.

Como tem sido o crescimento do modal aéreo?

Por ser mais ágil que os concorrentes, o transporte internacional aéreo de cargas permite a entrega mais rápida no destino (embora tenha um custo de frete mais alto). O processo começa quando o agente contrata espaço em voos internacionais para embarcar as mercadorias de seus clientes — que querem entregá-las no exterior.

Com esse modal, a entrega ocorre mais rapidamente. Esse aspecto é importante para o cumprimento de prazos ou pela característica da mercadoria, que pode requerer um tratamento especial em razão de sua fragilidade.

É o caso, por exemplo, de perecíveis (como flores, frutas e outros, que devem estar frescos e em perfeitas condições de consumo para serem expostos nas gôndolas de supermercado) e medicamentos. Para eles, são necessárias temperaturas adequadas para preservação e extensão da vida útil.

Na exportação aérea não há o trâmite operacional e burocrático que existe no modal marítimo. Além disso, a frequência semanal é maior e a carga pode ser transportada tanto em voos misto de passageiros e cargas, como em cargueiros, dependendo do tamanho e do tipo de mercadoria — que pode compatível com ou outro tipo de avião.

Como funciona a exportação aérea?

Os procedimentos legais são os mesmos para todos os modais. Apesar disso, a exportação aérea tem vantagens sobre a marítima. Conheça, a seguir, suas principais características:

• ela é ideal para o envio de mercadorias com pouco peso e volume;
• tem eficácia comprovada no caso de entregas urgentes;
• permite acesso a mercados difíceis de serem alcançados por outros meios de transporte;
• há redução dos gastos de armazenamento de mercadorias;
• o deslocamento de cargas é feito de forma mais ágil e rápida;
• pequenos volumes são transportados de forma mais fácil e segura;
• a quantidade de frotas e rotas tem crescido.

As tarifas na exportação aérea têm como base as rotas, os tráfegos e os custos. Esses valores são estabelecidos pela IATA, em conjunto com as empresas aéreas, para que sejam cobrados de forma uniforme.

Quais são os benefícios da exportação aérea?

Além da agilidade, há menos burocracia e entraves operacionais do que ocorrem no modal marítimo. Por sua rapidez, é a opção mais recomendada para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e encomendas urgentes, bem como para viagens de longas distâncias e intercontinentais.

Em resumo, as vantagens da exportação aérea são:

• velocidade: é rápido, eficiente e confiável, ideal para transporte de perecíveis e de validade curta;
• competitividade: permite reduzir custos com capital de giro, estoques e armazenamento;
• embalagem: as mercadorias estão menos sujeitas a manuseio e, por isso, a embalagem não precisa ser reforçada;
• seguro: há menos riscos de demora, danos, roubos e perdas, o que diminui os preços do seguro;
• cobertura: o transporte aéreo internacional chega a países sem litoral e regiões inacessíveis com mais facilidade.

Como você pôde perceber, o modelo de exportação aérea traz muitos benefícios para a empresa, além de ser bem versátil e prático. Tomando os devidos cuidados legais, esse método pode ser bastante eficaz para a sua logística.

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